No Brasil, o número de pessoas em busca de emprego chega a 2 milhões. O cenário inclui a ausência de qualificação e também de estratégias para elaborar um currículo efetivo.
A tecnologia colabora com o aperfeiçoamento e inovação no mercado de trabalho, podendo se tornar uma aliada ou um pesadelo para aqueles que buscam por oportunidades. Isso porque, dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua Trimestral), divulgada em novembro de 2023, mostram que cerca de 370 mil pessoas estão em busca de emprego no Ceará, esse número chega a 2 milhões de pessoas, no Brasil. O cenário inclui a ausência de qualificação e também de estratégias para elaborar um currículo efetivo.
O uso da inteligência artificial para processos seletivos pode facilitar a escolha de um profissional mais qualificado para o cargo, pois a tecnologia rankeia os currículos e os que estão fora de padrão não são selecionados, explica a Mentora de Desenvolvimento de Carreira e Recolocação Profissional, Cristiane Galvão. “O currículo bem elaborado, já é fundamental de cara, porque atualmente cerca de 96% dos processos seletivos têm inteligência artificial, como, por exemplo, a plataforma Gupy, que predomina no Brasil”, destaca a mentora.
De acordo com um levantamento da Havard Business Review em 2019, o entrevistador leva em média sete segundos para analisar um currículo. Porém, Cristiane Galvão explica que esse documento já deve ser pré-analisado por uma inteligência artificial em uma primeira triagem para que o recrutador chegue a esse tempo de avaliação.
A Mentora de Desenvolvimento de Carreira esclarece que existe um processo dentro da elaboração de um currículo em que são analisados detalhes nos quais a Inteligência Artificial (IA) pode recusar, rejeitar ou gerar uma pontuação baixa para o currículo do profissional. “Detalhes básicos como a formatação, margens, letras, imagens que constam no currículo, podem contribuir para a eliminação.
Além disso, a clareza nas atribuições, realizações, habilidades técnicas e comportamentais faz uma grande diferença na seleção por IA”, pontua.
Cristiane Galvão ressalta ainda que o currículo perfeito é simples e objetivo. “Menos é mais. Esses currículos que já apresentam uma estrutura, um modelo por trás, copiado do google, feitos com ajuda de aplicativos, normalmente são rejeitados pela inteligência artificial, porque existe uma programação, um modelo estruturado por trás, o qual não conversa com a inteligência artificial. ”, frisa.
Além disso, a especialista em Desenvolvimento de Carreira afirma que o uso da ortografia correta e também de uma fonte adequada contam muito na hora da seleção. Contudo, Cristiane Galvão afirma que o currículo é apenas o primeiro passo do processo, é preciso estar pronto para as outras etapas.
“Quando a gente pensa no currículo para contratação e recolocação profissional, ele é o primeiro passo para a pessoa pensar no processo seletivo. A recolocação profissional vai além do currículo, é preciso estar preparado ou preparada para as outras etapas. Hoje em dia os processos de recolocação profissional tem teste não só de perfis comportamentais, mas também vídeos que são gravados e entrevistas que variam de acordo com o entrevistador”, explica Cristiane Galvão.
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